O leite no Brasil pode
ser classificado de duas formas: o leite cru refrigerado tipo A, que dá origem
ao leite pasteurizado tipo A e seus derivados e o leite cru refrigerado.
De
acordo com a Normativa 62, o leite tipo A deve seguir exigências específicas na
sua obtenção. Faz-se necessário que seja produzido, beneficiado e envazado na
granja leiteira. Dentre tais especificações, destaca-se que a granja leiteira
não pode receber leite de outras propriedades, a ordenha deve ser
obrigatoriamente mecânica e com sala específica, a canalização do leite deve
ser em circuito fechado com resfriamento adequado, além do dever de obedecer parâmetros
microbiológicos e de contagem de células somáticas (CCS). Uma vez que o leite é
processado dentro da granja leiteira, a possibilidade de contaminação é
reduzida significamente. Por isso, os parâmetros microbiológicos para o leite
pasteurizado tipo A são também mais rigorosos que para o leite pasteurizado
resultando, na prática, em um prazo de validade maior para o leite tipo A.
Os
cuidados devem começar antes da ordenha, onde os animais devem passar por pedilúvio,
os tetos devem ser lavados com água corrente e secos com papel toalha descartável
(um papel para cada teto) afim de reduzir o risco de contaminação cruzada de
mastite, além de imergi-los em solução desinfetante a base de iodo com
concentração entre 5 a 10% (pré e pós dipping).
No
processo da ordenha em si, os primeiros jatos devem ser utilizados na
realização do “teste da caneca” no intuito de diagnose de mastite clínica
observada através da presença de grumos, pus ou sangue. Também na prevenção da
mastite, o animal deve ser esgotado, pois leite residual pode servir de meio de
cultura para microrganismos patogênicos.
Não é desejado que o bezerro esteja no
momento da ordenha pelo fato de dificultar o processo e favorecer a contaminação.
No
término da ordenha, os tetos devem ser novamente imersos em solução a base de
iodo glicerinado (5-10%) e os animais devem ser conduzidos a um local com disponibilidade
de água e alimento a fim de que elas não de deitem. Isto poderia propiciar
maior risco de contaminação.
Ao
adotar as práticas de manejo e sanidade recomendadas, o produtor ganha em todo
o processo. Ele agrega valor ao seu produto final, preserva a qualidade do seu
rebanho e consequentemente obtém resultados econômicos satisfatórios.
Equipe WeMaLuNi
Bruna Muniz
Luiza Freitas
Mayara Carvalho
Nielsen Moreira
Wederson Gutemberg
Ok... informações importantes!
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