quinta-feira, 30 de março de 2017

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTE



A Equipe Aviários tentou contato com um produtor de frangos próximo ao distrito de Tapuirama em Uberlândia, entretanto não conseguimos realizar a visita dentro do prazo previsto, pois o produtor estava com alguns compromissos, os quais, o impedia de nos receber. Por conta disso, foi realizada uma pesquisa sobre o tema trabalhado em nosso estudo de caso.

O tipo de produção pesquisada foi a de frangos de corte em sistema convencional, ou seja, granjas. Sabe-se que hoje o grande forte na produção de frango está no sistema de integração feito por grandes empresas, como BRF, Morgana Frangos, entre muitas outras, e produtores rurais. O sistema de integração consiste na empresa produtora fornecer todos os insumos necessários (pintos, ração, medicamentos e assistência técnica) e o produtor entra com a estrutura e o fornecimento da matéria-prima (frangos com 45 dias) para a empresa. Esta opção chama a atenção de muitos proprietários, pois é um modo de garantir o escoamento constante da produção, tendo um fluxo financeiro rápido.

A criação de frangos exige muito de produtores e técnicos, pois são animais sensíveis, com isso o preparo para uma boa produção, está desde a projeção dos galpões até o escoamento da produção. Deve-se ter em vista, inicialmente, quantos animais deseja-se criar, para que, a partir disto, seja possível dimensionar o galpão, pois a densidade correta é essencial para haver um bom resultado na produção. A ventilação é essencial à produção, pois os animais podem sofrer com o frio nos primeiros dias e com o calor no final do ciclo, portanto devem ser adotados mecanismos eficientes, para reduzir a mortalidade nestas fases. 

O manejo alimentar é outro aspecto de grande importância na produção de frangos de corte, pois a formulação da ração varia conforme a idade dos frangos, tal manejo serve para suprir as necessidades dos animais e promover um maior ganho de peso, aspecto fundamental às empresas.

Segundo a Bisgal Nutrição Animal, temos o seguinte manejo alimentar:
1.1 - Fase Inicial (1 a 21 ou 28 dias): a ração inicial deverá conter grandes concentrações de nutrientes para garantir um ótimo desenvolvimento dos animais. O uso de outras rações, como crescimento e engoda leva ao baixo crescimento das aves. O balanceamento de proteínas é de grande importância, além das quantidades de energia, vitaminas e minerais.
1.2 – Fase de Crescimento (22 ou 29 dias até 7 a 15 dias antes do abate): nesta fase é importante que a ração dos animais contenha medicamentos, como coccidiostáticos. O fornecimento de alimentos verdes e um maior número de dias para o abate garantem uma maior pigmentação da carcaça e sabor mais adocicado na carne.
1.3 – Fase de Acabamento (Últimos 7 a 15 dias antes do abate): O consumo neste período é de aproximadamente 100 g por animal ao dia. A base energética é o milho e proteica, o farelo de soja, o que garante uma perfeita coloração da carne.

Segundo o Manual da Cobb, há três tipos de dietas:
Dieta do Tipo 1: Rica em nutrientes, para obter o máximo ganho de peso e conversão alimentar. Essa abordagem pode originar carcaças com teor adicional de lipídeos e possíveis alterações metabólicas. Além disso, o custo é alto.
Dieta do Tipo 2: Teor energético mais baixo, com teores ideais de proteína bruta e aminoácidos. Essa abordagem resultará menor ganho lipídico, melhorando a produção de massa magra. O peso vivo e a conversão alimentar serão afetados adversamente, mas o custo por massa magra será vantajoso.
Dieta do Tipo 3: Baixa concentração de nutrientes. Essa abordagem resultará menor crescimento e ganho de peso e conversão alimentar mais alta, porém com excelente custo por peso vivo.
Diante do exposto a cima, nota-se a importância em haver uma assistência técnica especializada em nutrição, pois os rendimentos à ser obtido serão resultado do manejo alimentar correto.

A água é outro fator de grande importância na produção. Deve ser fornecido aos frangos água de qualidade para evitar o surgimento de patologias no plantel. Associado a isso, torna-se uma medida sanitária, a higienização correta dos bebedouros e do sistema de abastecimento, tal manejo deve ser realizado sempre após a saída de um lote e consequentemente antes da entrada de outro lote. Outro manejo é a realização periódica da análise da água, para verificação do pH, presença de microrganismos e minerais.

Tratando-se da criação de frangos de corte, um assunto que não poderia deixar de ser abordado é a biossegurança, termo que descreve a estratégia geral ou o conjunto de medidas tomadas para erradicar doenças infecciosas em uma área de produção (Manual da Cobb). Envolve práticas de higiene, programa adequado de vacinação e medidas extrínsecas, como por exemplo distância entre galpões. A cada saída de um lote o galpão e todos os equipamentos (bebedouros e comedouros) devem ser sanitizados.

O manejo de pré-abate visa preparar a carne para o processamento, para isso, os animais devem ficar em jejum por 24 horas, com a finalidade de esvaziar o trato gastrointestinal dos animais. Durante a apanha dos animais deve-se reduzir a luz e pode ser realizada de modo manual ou mecânico. O veículo para transporte das aves deve apresentar boa ventilação, proporcionando bem-estar aos animais e estar dentro da legislação. 


Ao chegar ao abatedouro, que deve ser o mais próximo possível à propriedade, os animais devem permanecer na área de espera, local que deve ser fresco, entretanto as os animais não podem ficar aguardando muito tempo, pois pode comprometer a qualidade da carcaça.

O abate é realizado segundo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal e no Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves. O processo é dividido em etapas: 
1.      Insensibilização: dura 7 segundos, podendo ser feita pela técnica do gás ou eletronarcose (imersão da ave em água com corrente elétrica).
2.      Sangria: dura em média 3 minutos, os animais devem perder 80% do sangue.
3.      Escalda: dura dois minutos e serva para afrouxamento das penas.
4.      Depenagem: retirada das penas através de um rolo com dedos de borracha.
5.      Corte: da cloaca e abdome para exposição das vísceras.
6.      Pré-resfriamento: as aves são imersas em água por 12 minutos.
7.      Resfriamento: imersão das aves em água com temperatura aproximada de 2ºC durante 17 minutos.
8.      Gotejamento da água imersa. A carcaça absorve até 8%.
9.      Classificação das aves.
10.  Embalagem e armazenagem.

A partir do exposto, conclui-se que, a produção de frangos de corte é uma cadeia consolidada, complexa e com altos potenciais de crescimento. 

A equipe gostaria de compartilhar algumas fontes de pesquisa, para que todos possam aprofundar um pouco mais no assunto.



Grupo Aviários
Bárbara Lorrany Ferreira Gonçalves
Denner Carvalho 
Laís Ferreira
Vinícius Sousa Baldoino

2 comentários:

  1. Evite copiar partes de texto. Sempre faça a leitura e interpretação.

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  2. Foi feita leitura e interpretação de todos tópicos abordados na pesquisa e citados!

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