Com
a proposta de estudo dirigido sobre a Operação Carne Fraca,
relatamos e concluímos o seguinte texto abaixo,
abordando os seguintes pontos propostos pelas orientadoras:
-
O que motivou a investigação da Polícia Federal?
-
Quais as principais irregularidades encontradas?
-
Como foi a divulgação das operações?
-
Quais foram as consequências positivas e negativas da operação?
-
Em relação à operação carne fraca, como consequência a
aprovação do novo RIISPOA. Qual o significado desta aprovação e
quais as principais alterações o novo regulamento trouxe?
O
início da Operação Carne fraca iniciou com uma denúncia feita pelo agente do
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Daniel Gouvêa
Teixeira, que atuava no estado do Paraná. Quando soube do sistema de
corrupção e de irregularidades, Daniel estava trabalhando em um
abatedouro de suínos de pequeno porte. Entre as irregularidades
relatadas estão o aproveitamento de carcaça de animais já
abatidos, comercialização de carne irregular (ou seja, fora do
padrão da legislação brasileira) e pagamento de propina a alguns
agentes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).
Segundo
Daniel, o pagamento de propina era feito para que os agentes do MAPA
liberassem o selo de certificação. Houve uma reclamação da
empresa Primo Agroindustrial Ltda., sobre o pagamento de propina aos
agentes, tal pagamento era denominado “ajuda de custo”. Estas
irregularidades ocorrem desde o ano de 2011. As denúncias de Daniel
eram
realizadas a
cada momento que descobria sobre novas empresas que estavam no
esquema de corrupção, ele fazia novos depoimentos.
A
partir da primeira denúncia realizada por Daniel, a Polícia Federal
iniciou as investigações sobre o esquema de corrupção e
irregularidades no processamento de carne. A
Polícia então interceptou contas bancárias e ligações
telefônicas.
As
irregularidades encontradas está no processamento da carne, como
utilização de quantidades menores
do
que a necessária à produção, sendo complementados com outras
substâncias,
a
fim de obtenção de maior lucro. Entre outras irregularidades está
o uso de substâncias que causam danos a saúde humana, como maneira
de disfarçar as carnes estragadas,
já
as carnes embutidas, como salsichas e linguiças, eram utilizadas em
suas fabricações, carnes estragadas. As carnes também não
apresentavam devida rotulagem e refrigeração.
A
divulgação da Operação ocorreu no dia 17 de março de 2017
(sexta-feira) pela Polícia Federal e as mídias públicas foram
utilizadas como veículo para acesso da informação pela população.
Entretanto, houve muitas críticas quanto a maneira de divulgação,
pois houve má interpretações e generalização de que todo o MAPA
estava em acordo com o sistema de corrupção. A divulgação das
informações impactaram a população e o mercado externo e há quem
afirme que a operação ficou parecendo maior do que realmente é.
Com
a Operação Carne Fraca houve pontos negativos e positivos dos quais
podemos destacar, o choque no setor agropecuário brasileiro, com
ênfase no setor de carnes, sendo que a exportação brasileira ficou
abalada e suspensa. O Brasil é um importante exportador de carne e
com a Operação, a economia brasileira poderá sofrer grandes
abalos. Com
a intervenção das empresas investigadas e redução no consumo e
exportação, a consequência foi a demissão de diversos
trabalhadores, alarmando o quadro de desemprego no Brasil. Outra
grande consequência da Operação foi a insegurança dos
consumidores quanto a qualidade da carne, por isso houve redução no
consumo nos primeiros dias de publicação da Operação.
Podemos
citar como pontos positivos da Operação a publicação do RIISPOA,
com normas que assegurarão a qualidade da carne, o combate a
corrupção na sociedade brasileira,que infelizmente está alarmante.
Nas
alterações do novo RIISPOA, há medidas provisórias como multas,
caso seja constatado irregularidades, perda do Serviço de Inspeção
Federal (SIF). As multas variam de leve a gravíssima e o valor pode
chegar a 100% do valor máximo. A nova revisão acrescenta
padronização dos procedimentos administrativos e técnicos
melhores
bem-estar com a legislação dos países interessados, interação
com órgãos públicos
que fiscalizam, além da implantação de novas tecnologias.
As
alterações incluem o uso de novos métodos para inspeção, sendo
mais atualizados e modernos. A rotulagem dos produtos também sofrerá
alterações, pois por meio dos rótulos seja possível obter
informações e também os mesmos apresentarão prazo de validade de
10 anos, anteriormente não tinha prazo de validade.
Os
selos serão revistos para que o consumidor tenha maior entendimento
sobre o significado dos mesmos. Os procedimentos para análise
laboratorial será reformulado, para que haja maior rigor nas
perícias. As pequenas agroindústrias também serão legalizadas
para normatização dos equipamentos então utilizados.
Serão
adotados métodos de biologia molecular, como o exame de DNA como
metodologias de fiscalização. Os resíduos de animais não
utilizados no processamento alimentar poderão ser utilizados para
elaboração de produtos não comestíveis, isto para evitar o
descarte no meio ambiente. O RIISPOA, quando publicado pela primeira
era considerado moderno, mas nos últimos anos tornou-se antiquado,
haja vista que o Brasil tornou-se um dos maiores exportadores de
carne, por isso a importância da nova revisão do mesmo.
A
Operação Carne Fraca ainda terá novas repercussões
e cabe a nós futuros profissionais estar atualizados quanto as
investigações e modificações no mercado de carne.
Grupo Aviários
Bárbara Lorrany Ferreira Gonçalves
Denner Carvalho
Laís Ferreira
Vinícius Sousa Baldoino
Nenhum comentário:
Postar um comentário