Essa
operação começou em 2013, quando o Ministério da Agricultura
analisou a qualidade de uma amostra de leite de um posto de
resfriamento, e nessa ocasião foi constatado que havia água no
leite e algumas outras substâncias, dentre elas a ureia, que é
usada para que a indústria não note a perca de nutrientes do leite.
Nessa
ocasião, o engenheiro químico Jerônimo Friedrich constatou que a
ureia tem formol, que é uma substância cancerígena.
Isso
foi o início da operação e também considerada como a etapa 1 da
mesma, que atualmente (2017) está na etapa 12.
Em
cerca de um ano, foi constatado que três empresários de três
diferentes cidades que são alvo do MP transportaram cerca de 100
milhões de litros de leite fraudado.
Nessa
operação foram cumpridos mandatos de prisão, busca e apreensão
nos municípios de Ibirubá, Horizontina e Guaporé. Além da prisão
dos empresários do ramo, o MP realizou apreensão de: documentos,
computadores e 17 caminhões transportadores.
Um
dado importante é que, segundo o MP, para um total de 10 litros de
leite, 1 era de água de poço e eram adicionados 100 g de ureia.
Segundo
o promotor Mauro Rochemback o risco dessa técnica é muito grande
pois o formol não sai nem mesmo com a pasteurização.
De
acordo com o código penal, no artigo 272, a adulteração consiste
em crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios.
Etapas
da operação: A etapa 1 se deu com o início das
investigações e iniciou em 2013.
Etapa
2: Ministério Público Estadual desarticula mais dois núcleos da
fraude no leite no Rio Grande do Sul.
Mais
dois núcleos de fraude no leite forma desarticulados em maio de
2013, um no município de Tês de Maio e outro em Rondinha. Foram
cumpridos cinco mandados de prisão, sendo presos os empresários
Adelar Roque Signor e Antenor Pedro Signor; o motorista Ordilei
Fogalli, o vereador Lauri Larri Jappe e Daniel Fieti Villanova.
Afraude é a mesma constatada na etapa 1, onde era misturado aguá
com uréia (que contém formol) ao leite.
O
leite adulterado em Rondinha era levado para a empresa Marasca e
vendido para a cooperativa Confepar, no Paraná.
O
promotor envolvido no caso disse que havia restrição para que o
leite não fosse utilizado, mas essa ordem não foi cumprida.
De
acordo com o MP, foram adulterados cerca de 120 mil litros de leite
nesses dois novos núcleos.
Etapa
3: Suspeitos de adicionar água oxigenada no leite prestam depoimento
à Promotoria Criminal.
Essa
etapa foi realizada no início de novembro de 2013, onde constataram
o uso de água oxigenada, soda cáustica e bicarbonato de sódio no
leite vencido. Os suspeitos fazem parte da mesma família, foram
investigados: Airton Jacó Reidel, dois sobrinhos e a esposa, e o
material apreendido analisado.
Etapa
4: Novas amostras confirmam produto vencido e com adição de água.
Foi
realizada em março de 2014, e foram recebidas amostras de produtos
com indícios de água e acidez elevada, que indicava que o produto
estava apodrecendo, resultado de transporte irregular sem condições
de higiene. Não foi detectado o uso de formol, porém foram
coletadas novas amostras e os resultados não foram divulgados. A
operação desencadeou por amostras também coletadas nessa mesma
região, onde havia adição de formol no leite.
Foram
investigados postos de resfriamento em Condor e os transportadores
desse material.
Etapa
5: Proprietários de indústrias são presos por adulteração no
Vale do Taquari.
Foi
realizada em 10 cidades de Taquari e do Vale dos Sinos. Foram presos
o proprietário da Pavlat, Ércio Vanor Klein, e o proprietário da
Hollmann, Sérgio Seewald, e Jonatas William Krombauer, além de 15
mandados de busca e apreensão de 34 caminhões. Através das
amostras comprovaram que havia leite azedo e com mais água do que o
permitido.
Ainda
apreenderam notas fiscais que mostram a compra de diversos produtos
que poderiam ser adicionados ao leite para ser fraudado, como água
oxigenada, soda cáustica e outros.
A
quinta etapa ocorre a um ano depois da primeira.
Etapa
6: MP prende quarto suspeito. Empresário já responde por fraude.
No
noroeste gaúcho foi preso o transportador Cleomar Canal de Ibirubá,
que já havia sendo denunciado em 2013, que responde processo.
Nessa
etapa procuram um quinto suspeito, funcionário da Concepar, uma
cooperativa que recebe cerca de 7 milhões de litros de leite com
suspeita de adulteração por mês, esse já com prisão decretada.
Também foram presas mais três pessoas, documentos, produtos, e 24
caminhões.
O
MP foi acionado porque processavam, industrializavam e
comercializavam leite adulterado com água ou vencido.
Etapa
7: Nova fraude: MP descobre água e sal em distribuído no Norte do
Rs.
realizada
pelo Ministério Publico (MP) na manhã do dia 3 de Dezembro de 2014
foi detectada a adição de água e sal em produtos que eram
distribuídos na região norte do Rio Grande do Sul. Nesta operação
foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva e busca em seis
cidades da região, sendo executado 16 mandados de prisão
preventiva. Dentre os envolvidos estavam quatro produtores, oito
transportadores, dois donos de empresas de transporte, o responsável
por um posto de resfriamento e dois funcionários do laboratório
deste local. Os postos interditados pertencem à empresa Rampel, em
Jacutinga que enviava produtos para a BRF que é responsável pelas
marcas Batavo e Elegê, e à empresa Cotrel, em Erechim que enviava
leite para a Aurora, em Santa Catarina, Indústria DPA, em Palmeira
das Missões, que trabalha com a marca Nestlé. As amostras foram
coletadas nessas duas empresas diretamente dos seus tanques assim
como também dos tanques dos caminhões que chegavam para
descarregar, sendo 62 amostras coletadas que deram positivo para
adulteração, sendo encontrado também um pouco de soda cáustica.
Etapa
8: Em nova fase da Leite Compensa, MP descobre adulteração para
disfarçar leite azedo.
No
dia 13 de maio de 2015 foi deflagrada a oitava fase da operação
leite compensado, onde foi detectado na 39 amostras coletadas sinais
de adulteração e adição de produtos químicos que alteravam a
acidez elevada, mascarando a existência de leite azedo. Fo4ram
cumpridos seis mandados de prisão preventiva, três de medidas
cautelares e oito de busca nas cidades de Campinas do Sul, Jacutinga
e quatro Irmãos. A Cooperativa de Pequenos Produtores Agropecuários
(Coopasul) que teve seu posto de resfriamento interditado, recolhia
de produtores e aceitava da Transportadora Odair Ltda. leite vencido
e com a adição de outros produtos, com o motivo de economizar. A
esses produtos eram adicionados água, bicarbonato de sódio e soda
cáustica para corrigir as irregularidades. Esses produtos eram
encaminhados para as indústrias Piracanjuba, em Santa Catarina,
Tangará Foods, em Estrela Lactalis, em Fazenda Vila Nova, Cotal em
Taquara, Tambinho, em Erechim e Frizzo em Planalto. O Ministério da
Agricultura agora vai verificar se essas empresas aceitam ou rejeitam
esse leite com suspeita de adulteração.
Etapa
9: MP descobre leite azedo distribuído como próprio para consumo no
Nordeste Gaúcho.
Em
Esmeralda no dia 17 de setembro de 2015 foi realizada a nona etapa da
operação, onde o Ministério Público (MP) descobriu leite vencido
e azedo sendo distribuído aos consumidores. Nesta fase foram
cumpridos quatro mandados de prisão, cinco de busca e apreensão de
quatro caminhões. O Ministério da Agricultura vai irá rastrear
quais as marcas comercializavam esse produto vencido. O laticínio
Unibom em Água Santa também passou por vistoria por receber leite
de uma distribuidora de Esmeralda, não sendo encontrados indícios
de participação.
Etapa
10: MP descarta delação premiada para denunciado na fraude do
Leite.
Um
dos envolvidos na fraude do leite em Venâncio Aires foi ouvido pelo
MP (Fábio Bayer). Conforme o MP, a Lactibom adicionava água no
leite e comercializava leite estragado, além de repassar para a
queijaria. A fábrica foi interditada e os produtos retirados do
mercado.
Etapa
11: MP deflagra a 11ª Operação Leite Compensado e a 4ª Operação
Queijo Compensado no RS.
MP
deflagra a 11ª fase da operação leite compensado e a 4ª operação
Queijo Compensado no RS, o objetivo dessa vez foi combater
adulteração dos produtos por meio de água e amido de milho, para
aumentar o volume do leite, e por meio de água oxigenada e ácido
sórbico, para respectivamente, tentar conter bactérias e fungos. Os
cinco mandados de prisão foram cumpridos em São Pedro da Serra,
cerca de 100 quilômetros de Porto Alegre.
Etapa
12: MP deflagra operação contra indústrias que misturavam soda
cáustica no leite vencido.
Amostram
confirmaram produtos impróprios para o consumo. Era adicionado soda
cáustica e bicarbonato de sódio em produtos vencidos, como o leite,
creme de leite e o queijo.
Outras
marcas que também tiveram produtos ilegais são: Bonilé alimentos
(Queijo , creme ou leite), Princesul (Queijo). Também foram alvos da
operação a transportadora AC Tressoldi e a M&M Acessoria, a
ação ocorreu em cinco cidades gaúchas, Travesseiro, Estrela, Nova
Araçá, Casca e Marau. Foram cumpridos quatro mandados de prisão e
quatro de busca e apreensão. Uma pessoa segue foragida.
A
investigação confirma que o crime organizado e de comercialização
de produto lácteo impróprio para consumo humano. Os três
laticínios recebem e repassam entre si leite cru, creme de leite e
soro de creme fora dos padrões previstos para a legislação
brasileira.
A
investigação conta que carregamentos de leite que só poderiam ter
destino a alimentação animal foram usados para a industrialização
de produtos de consumo humano, ressalta o promotor Mauro Rochemback.
O leite compensado 12 é realizado pelo grupo de atenção especial
de combate ao crime organizado com participação do Ministério da
Agricultura.
Em
nota, o "Dia%" afirma que: "Decidiu retirar
proativamente todos os lotes do produto de suas lojas e bloqueou a
saída do centro de distribuição, todos os clientes que compraram o
leite integral UHT DIA (1 L) podem devolvê-los e ser reembolsados do
dinheiro".
Além
disso está refazendo os testes de qualidade com o leite em questão.
Ao
fim da etapa 12 dá para se ter uma noção da grandeza desta
operação em âmbito regional. Nota-se que a divulgação dessa
operação tem sido muito restrita a web sites e jornais locais do
Rio Grande do Sul, o que causa uma certa preocupação se tendo a
noção da gravidade de tais acontecimentos para a comunidade como um
todo. Percebe-se que a mídia televisiva tem tentado esconder tais
fatos e as notícias relacionadas da operação. O que não se
percebeu com a Operação Carne Fraca, que não teve investigações
tão conclusivas como essa, mas que impactaram grandemente na
economia nacional, percebendo-se que a relevância de investidores
influencia negativamente nas mídias manipuladoras desse país.
Com
relação à impactos positivos e negativos pode-se correlacionar que
muitas empresas foram fechadas e trouxeram impactos negativos na
macro-economia regional do estado, mas que abriram oportunidades para
novas empresas e empresas consolidadas no mercado que prezam sua
qualidade ou que ainda não foram descobertas na investigação por
diversos motivos. A equipe considera essas pessoas como um bando de
vagabundos influenciáveis pelo poder.
Att,
Equipe
Milk-If.