Nós, alunos da equipe de carne, fizemos no dia 05 de maio uma visita ao Frigorífico Real, localizado em Uberlândia, com a professora Patrícia. Chegando lá, tivemos que nos trajar adequadamente por questões de segurança e qualidade, como calça, blusa e jaleco brancos, bota de borracha branca, sem acessórios como brincos, correntes, relógios e etc, uso de máscaras e capacetes. Só para constar em cada setor do frigorífico ao entrar e sair todos deveriam lavar as botas com detergente e água, lavar as mãos e sanitizá-las também. Essas regras valem para todos, seja visitantes, inspetores ou funcionários.
Fomos recebidos pela Carolina que é Supervisora de Garantia de Qualidade do frigorífico, ela nos acompanhou durante toda a visita. Primeiramente, visitamos as instalações onde os animais (bovinos, no caso) são recebidos e onde eles permanecem até o momento do abate. Esse espaço é novo e está de acordo com as normas de segurança e qualidade para bem estar animal. Os animais tem acesso a água, ração e jatos de água para propiciar um bom ambiente; os animais que ficam por mais tempo nesse espaço ficam protegidos do sol com sombrite. Para a inspeção, existe uma rampa de acesso na parte superior, por onde transitam os funcionários inspetores que podem eventualmente detectar algum animal com sinais de fraqueza e/ou ante-mortem. Esse espaço é dividido em vários currais com capacidade para 20 ou 40 animais, e é feita a limpeza de todo local todos os dias.
Desse espaço, os animais percorrem um corredor estreito e reto (que facilita o deslocamento do animal) que vai "afunilando" no final rumo a etapa de insensibilização e sangria, porém não pudemos acompanhar essa parte, pois o espaço é pequeno para a quantidade de alunos que tinha.
Assim, entramos no local onde é realizada o corte da carcaça, limpeza de órgãos como o bucho, traqueia, pesagem da carcaça. É importante destacar que a carcaça segue para um lado enquanto a cabeça segue para outro que irá limpá-la e retirar a carne que é aproveitada.
Os miúdos que não são aproveitados são separados e posteriormente colocados para fabricação de farinha e o sangue também pode ser aproveitado com a retirada dos componentes como albumina para fabricação de rações.
Foi interessante notar na carcaça, o que a professora Patrícia falou dentro de sala que: "o músculo não "entende" que o animal morreu e continua normalmente a fazer o movimento de contração e descontração até a reserva de glicogênio acabar totalmente", e nós podemos ver vários músculos de várias carcaças se mexendo, até os músculos da cabeça.
Por coincidência ou não da visita, nesse dia pudemos notar que uma carcaça foi diagnosticada com alguma doença e então, rapidamente ela é isolada das outras carcaças para evitar contaminação e para poder estudar mais sobre a carcaça e saber o que ela realmente tem, se realmente ela estiver contaminada ela é destacada não servindo para alimentação. As carcaças que estão "livres" de doenças e estão sadias são pesadas e o sistema operacional já calcula tudo para notificar o valor para o produtor.
Visitamos as salas de congelamento das carcaças e das peças já cortadas para embalagem, sendo que cada uma tem sua sala com temperatura e cuidados especiais.
O frigorífico trabalha com todas as normas de segurança, tanto para os funcionários, animais e meio ambiente, e uma coisa interessante é que toda água usada para lavagem dos currais é tratada e reutilizada novamente para os mesmos fins. Existem duas lagoas de estabilização, onde o agrônomo responsável por essa parte utiliza a água de dejetos para fertirrigação em braquiária. E também eles doam compostos sólidos para uma empresa de compostagem.
Com esse visita, pudemos certificar que todo o processamento da carne desde a entrada do animal até a saída da carne em si é todo inspecionado por funcionários capacitados e a empresa trabalha visando as leis que regem controle de qualidade.
EQUIPE SUPER AÇÃO
Fabrício de Freitas de Oliveira
Igor Gabriel de Paulo
Roberto Ribeiro Filho
Walleska Silva Torsian